sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Orientação Profissional/Um Processo de Escolha.


Ou isto ou aquilo.

Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles (1964)


Por Ismeni Lima de Moura

Certamente escolher é uma das ocupações a que mais o homem se dedica. Não há um dia sequer que não tenhamos que escolher ou abrir mão de algo, o que só dificulta o processo, uma vez que o medo estará presente em estarmos abrindo mão de uma opção que poderemos nos arrepender futuramente. No entanto está vivo implica está inserido em um processo de escolha permanente, e viver em tempos modernos certamente não é uma das tarefas mais fáceis. Uma das doenças modernas tem sido a ansiedade, muitas vezes oriunda da obrigação diária que temos de fazer escolhas, conseguimos ver todas as opções, mas é difícil saber qual a melhor. Neste sentido o Orientador Educacional tem muito a contribuir como catalisador e mobilizador de uma gama de informações essenciais no processo decisório do educando, para que o mesmo tenha condições de desenvolver melhor suas habilidades e competências na sociedade a qual está inserido, podendo transformar este processo decisório em um processo desafiador e até mesmo empolgante mediante a consolidação de um projeto de vida, que direcionará o nosso papel na sociedade implicando na contribuição social com o exercício de uma profissão.
Ao longo da história, o trabalho assumiu múltiplas formas. Um importante pensador sobre esse assunto foi Karl Marx. Para esse autor, o trabalho, fruto da relação do homem com a natureza, e do homem com o próprio homem, é o que nos distingue dos animais e move a História.
Mas diante deste mundo moderno, e do contexto social no qual muitos jovens se encontram em condições desfavoráveis, como saber qual a melhor profissão?
Segundo dados da Folha de São Paulo, apenas 42% dos estudantes brasileiros de ensino superior conseguem completar a faculdade. Segundo dados do Censo da Educação Superior 2003, há uma crescente defasagem entre o número de pessoas que entram nas universidades e as que terminam seu curso.
Ao comparar, a partir dos microdados do Censo do IBGE de 2000, a profissão de 3,5 milhões de trabalhadores formados em 21 áreas diferentes, os pesquisadores descobriram que a maioria deles, mais precisamente 53%, está hoje numa profissão distinta daquela para a qual se preparou. A situação varia conforme a carreira. Em enfermagem, o índice é de 84%. Em geografia, é de só de 1%.Fazendo a soma desses fatores, podemos inferir que somente ¼ das pessoas que escolhem uma profissão, irão realmente trabalhar naquilo que escolheram, outros ¾ vão escolher outros caminhos profissionais. Pesquisas revelam que um dos grandes fatores para esses dados, é a falta de uma adequada orientação profissional.
Como o Orientador Educacional pode contribuir de forma efetiva neste processo de decisão ? Quais são as metodologias mais viáveis a serem utilizadas pelo Orientador Educacional, no processo de Orientação Profissional? E o teste vocacional? Qual seu papel diante deste processo de escolha?
Como fica o teste diante da necessidade filosófica humana de fazer escolhas na vida? Seria ele um facilitador ou limitador deste processo decisório do ser humano?
A Orientação Profissional trabalhada de forma adequada proporciona um amadurecimento para uma boa e segura escolha profissional, neste sentido se torna indispensável, trabalhar com os alunos o autoconhecimento, envolvendo auto conceito, auto imagem e auto estima, proporcionar ao educando a percepção quanto suas influências familiares, os mitos herdados, as questões inconscientes que atuam no processo de escolha, como também se torna indispensável a informação profissional objetivando a ampliar o leque de opções , o conhecimento sobre as profissões e mundo do trabalho, relacionando com a realidade social de cada educando.
Acredita-se num trabalho de Orientação Profissional que possa subsidiar o educando para que ele próprio se torne apto para a escolha profissional bem como para outras escolhas que o mesmo deverá tomar ao longo de sua vida.
Neste contexto como fica a posição do Orientador Educacional frente à utilização dos testes vocacionais?
Sob esta premissa se encontra postado na pagina "FORMAÇÃO" um texto trazendo a seguinte abordagem: “Uma breve discussão sobre o uso de Testes/ Prós e Contras.”

Boa leitura, e um grande abraço.
Ismeni lima de Moura
Orientadora Educacional-Seduc/Sede







































quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Papel do Orientador Educacional na Escola Frente à Formação de Valores.

Por Ismeni Lima de Moura


A Orientação Educacional tem como objetivo principal oportunizar ao educando o seu desenvolvimento pleno, por meio de ações planejadas, dinâmicas, contínuas sistematizadas e contextualizadas aos diversos elementos que exercem influência em sua formação: intelectual, físico, social, moral, emocional estético, político, educacional e vocacional, estando integrada ao currículo pleno da escola. Sua linha de atuação está fundamentada na LDB 9.394/96, no seu Art. 2º. Onde traz o seguinte texto: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Sob esta premissa, compete a Orientação Educacional Escolar orientar o educando na tomada de consciência sobre seus valores, potenciais e dificuldades, dando-lhes oportunidade de auto avaliar-se, contribuindo para que o educando compreenda a si próprio (atitudes, interesses, habilidades, grau de maturidade física, mental e social), para que tenha condições de fazer escolhas mais adequadas e apropriadas, a convivência intra e interpessoal, assumindo responsabilidades para uma vida mais produtiva e feliz.
A Orientação Educacional é o processo que orienta, assiste e coordena a ação dos elementos significativos da escola, família e comunidade, com relação aos aspectos afetivo-emocionais dos alunos, com vistas a promover o atendimento de suas necessidades de desenvolvimento como, pessoa, de forma equilibrada.
A essência da Orientação Educacional está imbricada de forma unilateral no processo educacional, portanto na formação integral do individuo. Ao buscarmos o conceito etimológico de Educação, encontraremos explicitamente os objetivos da Orientação. Uma vez que nos vocábulos latinos educare temos o guiar, nortear, orientar o individuo, e em educere, o buscar potencialidades do individuo no sentido de fazê-las vir de dentro para fora. Nesse sentido identificamos uma estreita relação da Orientação com a educação como um todo.
A Orientação tem um papel preponderante em tal construção, ajudando o aluno a se ver, ver o outro e ver o mundo, através de olhares múltiplos do conhecimento, da afetividade e do próprio sentido da vida.
Diante de uma sociedade marcada pela violência, e de uma escola que muitas vezes acaba também refletindo violência uma vez que é formada por agentes sociais, o Orientador Educacional tem muito a contribuir com a dinâmica escolar uma vez que sua visão essencialmente humanista visualiza o ser humano na sua totalidade. Ter consciência da importância desse olhar permite ao sujeito que está sendo formado a possibilidade de perceber-se como um indivíduo humanizado, capaz de operar mudanças em si mesmo, reinterpretando a realidade de forma crítica e intervindo de forma adequada no meio social no qual está inserido.
Integrada com a Direção, Coordenação Pedagógica e Docentes, a Orientação Educacional deverá ser um processo cooperativo em busca da humanização do Currículo Pleno da escola, uma vez que não podemos falar em educação para valores humanos, numa perspectiva escolar sem um currículo humanizado e reduzido a técnicas conteúdistas.
Partindo deste pressuposto busca despertar no aluno a visão do mundo em que vivemos mostrar seus problemas, discutir a realidade e dar a cada educando a oportunidade de falar, de debater os problemas de sua comunidade e de sua escola. Uma vez que escola deve ser, sobretudo um local de diálogo, de surgimento de dúvidas, de formação de idéias e de exercício pleno da cidadania.
A Orientação Educacional busca o desenvolvimento de uma educação inovadora que não só informe e transmita, mas que forme e renove; que permita aos estudantes tomar consciência da realidade do seu tempo e do seu meio; que favoreça o florescimento da personalidade; que forme na autodisciplina, no respeito aos demais e na solidariedade social e que inspire a renovação e estimule a criatividade. Para esse fim o Orientador abordará mediante uma ação problematizadora, contextualizada, coletiva e interdisciplinar temas como: Identidade, Auto-estima, Auto-conceito, Autoconfiança , Visão destemida do futuro, Querer-ser, Projeto de vida , Sentido de vida, Autodeterminação , Resiliência, Auto-realização, Plenitude humana, numa perspectiva preventiva, contextualizará temáticas que podem ser potencializadores de futuros conflitos. Para tanto o Orientador Educacional deverá integrar as suas metas e ações ao planejamento do professor, bem como poderá problematizar as temáticas mediante sessões coletivas e rodas de conversas e debates em salas de aulas. O Orientador poderá fazer uso de filmes, fabulas leitura de textos, depoimentos da comunidade, no sentido de enriquecer seu trabalho.
Devendo também discutir gestão de conflitos do dia a dia, os chamados conteúdos atitudinais. Nesses encontros, são tratados os problemas que interferem na aprendizagem do grupo e colocam em risco a qualidade da convivência. As brigas do intervalo, o descuido com os espaços coletivos e o desrespeito entre os alunos são alguns dos assuntos que devem ser inseridos nessas discussões.
A escola atual necessita de nova atitude, diante de uma nova sociedade, sociedade esta, onde evidência um acentuado avanço tecnológico e um grande retrocesso no que se refere aos valores humanos.
Na sociedade atual não cabe mais um modelo de educação focado somente no desenvolvimento profissional e na obtenção de instrumentação técnica, mas na promoção do desenvolvimento emocional, moral e espiritual. A esse respeito o físico Albert Einstein já tinha declarado: “É essencial que os estudantes adquiram o entendimento e o sentimento vivo pelos valores. Eles devem adquirir um sentido vivo da beleza e do bem moral (...).” Neste sentido O Orientador Educacional se torna um indispensável profissional na dinâmica escolar, uma vez que seu trabalho quando efetivo contribui para uma sociedade, onde cada pessoa harmônico na sua individualidade contribuirá para a harmonia social.


Um Beijo no Coração!
Professora: Ismeni Lima de Moura
                  Orientadora Educacional -Seduc

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Equipe de Orientadoras Educacionais realiza trabalho nas escolas


A equipe de Orientadoras Educacionais da SEDUC/DRE está realizando monitoramento do trabalho dos O. E. nas escolas de Palmas-TO, objetivando : analisar o plano de ação, verificando se há relação deste com o PPP da escola; validar ações que apresentam resultados positivos na aprendizagem dos alunos, verificar a sistematização do trabalho desenvolvido, como também orientar a atuação do O.E. numa perspectiva  de trabalho humanística e mais integrada , tendo como foco o processo de ensino e aprendizagem.