Ou isto ou aquilo.
Boa leitura, e um grande abraço.
Ismeni lima de Moura
Orientadora Educacional-Seduc/Sede
Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles (1964)
Por Ismeni Lima de Moura
Certamente escolher é uma das ocupações a que mais o homem se dedica. Não há um dia sequer que não tenhamos que escolher ou abrir mão de algo, o que só dificulta o processo, uma vez que o medo estará presente em estarmos abrindo mão de uma opção que poderemos nos arrepender futuramente. No entanto está vivo implica está inserido em um processo de escolha permanente, e viver em tempos modernos certamente não é uma das tarefas mais fáceis. Uma das doenças modernas tem sido a ansiedade, muitas vezes oriunda da obrigação diária que temos de fazer escolhas, conseguimos ver todas as opções, mas é difícil saber qual a melhor. Neste sentido o Orientador Educacional tem muito a contribuir como catalisador e mobilizador de uma gama de informações essenciais no processo decisório do educando, para que o mesmo tenha condições de desenvolver melhor suas habilidades e competências na sociedade a qual está inserido, podendo transformar este processo decisório em um processo desafiador e até mesmo empolgante mediante a consolidação de um projeto de vida, que direcionará o nosso papel na sociedade implicando na contribuição social com o exercício de uma profissão.
Ao longo da história, o trabalho assumiu múltiplas formas. Um importante pensador sobre esse assunto foi Karl Marx. Para esse autor, o trabalho, fruto da relação do homem com a natureza, e do homem com o próprio homem, é o que nos distingue dos animais e move a História.
Mas diante deste mundo moderno, e do contexto social no qual muitos jovens se encontram em condições desfavoráveis, como saber qual a melhor profissão?
Segundo dados da Folha de São Paulo, apenas 42% dos estudantes brasileiros de ensino superior conseguem completar a faculdade. Segundo dados do Censo da Educação Superior 2003, há uma crescente defasagem entre o número de pessoas que entram nas universidades e as que terminam seu curso.
Ao comparar, a partir dos microdados do Censo do IBGE de 2000, a profissão de 3,5 milhões de trabalhadores formados em 21 áreas diferentes, os pesquisadores descobriram que a maioria deles, mais precisamente 53%, está hoje numa profissão distinta daquela para a qual se preparou. A situação varia conforme a carreira. Em enfermagem, o índice é de 84%. Em geografia, é de só de 1%.Fazendo a soma desses fatores, podemos inferir que somente ¼ das pessoas que escolhem uma profissão, irão realmente trabalhar naquilo que escolheram, outros ¾ vão escolher outros caminhos profissionais. Pesquisas revelam que um dos grandes fatores para esses dados, é a falta de uma adequada orientação profissional.
Como o Orientador Educacional pode contribuir de forma efetiva neste processo de decisão ? Quais são as metodologias mais viáveis a serem utilizadas pelo Orientador Educacional, no processo de Orientação Profissional? E o teste vocacional? Qual seu papel diante deste processo de escolha?
Como fica o teste diante da necessidade filosófica humana de fazer escolhas na vida? Seria ele um facilitador ou limitador deste processo decisório do ser humano?
A Orientação Profissional trabalhada de forma adequada proporciona um amadurecimento para uma boa e segura escolha profissional, neste sentido se torna indispensável, trabalhar com os alunos o autoconhecimento, envolvendo auto conceito, auto imagem e auto estima, proporcionar ao educando a percepção quanto suas influências familiares, os mitos herdados, as questões inconscientes que atuam no processo de escolha, como também se torna indispensável a informação profissional objetivando a ampliar o leque de opções , o conhecimento sobre as profissões e mundo do trabalho, relacionando com a realidade social de cada educando.
Acredita-se num trabalho de Orientação Profissional que possa subsidiar o educando para que ele próprio se torne apto para a escolha profissional bem como para outras escolhas que o mesmo deverá tomar ao longo de sua vida.
Neste contexto como fica a posição do Orientador Educacional frente à utilização dos testes vocacionais?
Sob esta premissa se encontra postado na pagina "FORMAÇÃO" um texto trazendo a seguinte abordagem: “Uma breve discussão sobre o uso de Testes/ Prós e Contras.”
Boa leitura, e um grande abraço.
Ismeni lima de Moura
Orientadora Educacional-Seduc/Sede
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