ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Texto Adaptado do livro “Orientação Vocacional Ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa, autoras Maria Lúcia Tiellet Nunes e Rosane Schotgues Levenfus.


                                                       
                                                 Uma breve discussão sobre o uso de Testes
(Prós e Contras)

Avaliar, quer em sua forma quantitativa, quer em sua forma qualitativa, faz parte da história da humanidade desde que essa se reconhece como tal. Já e, 1575; historiam Lospera e Cols (1995). Belleforest descobriu a gruta de Rouffihinac; onde havia pinturas; obras pré-históricas; outras descobertas como essa seguiram sendo impressionante a representação de animais hoje desaparecidos, desde 20.000 anos a.c, como é o caso dos achados de Lascduro, onde estão pintados; em diversos tamanhos e a diferente distância, distintos animais – havia; então a idéia de avaliar o tamanho a distância ... Talvez a qualidade, no sentido de que o mais forte abate o mais fraco.
Ao longo da história da humanidade; os seres humanos; através da experiência acumulada da “contagem de pessoas, viveres, animais, no campo, no comércio de bens e no acompanhamento do movimento dos astros para calcular o tempo, começaram a denotar grandezas por meio de números, pois todos lhes conheciam o significado” (Medeiros, 1999, p.50) o que tornou possível imprimir maior exatidão às observações de diversos fenômenos e passar da simples contagem para a mensuração.
Portanto, ao se falar em teste a discussão não pode ser pautada de forma simplista sobre gostar ou não gostar de e usar ou não teste, defender ou atacar testes como se os mesmos fossem independentes de todo o seu processo de construção ou do profissional que os usam, ou do uso que deles faz (Rosa, 1997), nem se trata de confrontar opiniões pessoais muito menos brigar, mas a discussão deve ir além dos testes em si para abraçar as idéias de ciências as concepções de homem e de sociedade (Patto, 2000).
Quanto ao uso de testes Rosa (1997, p.10) pergunta: “testes quem resiste a eles?, visto que, independentemente de qualidade ou seriedade, estão presentes no cotidiano de forma inegável, quer na revista de divulgação cientifica, quer nos jornais diários e nos semanários. Até mesmo na troca de mensagens eletrônicas entre colegas e amigos o fenômeno está presente, quem ainda não recebeu uma mensagem em seu computador pessoal do tipo teste de personalidade ou teste do Dalai Dama, como diz Bonelli (1995), por vezes: tal instrumental até sofre desvalorização por parte do profissional, mas é idealizado por parte dos estudantes”.
Ao questionar sobre a validade do teste podemos citar como exemplo o teste de aptidão vocacional que era usado na década de 70 nos Estados Unidos em todas as escolas de ensino médio, quando o teste passou por uma revisão no final daquela década, percebeu-se que, além de estar mal construído, permitia a sugestão de carreiras que eram inadequadas aos alunos segundo certos padrões de escores – Quanto a fidedignidade pode ser formulada da seguinte maneira: “Se as pessoas fossem testadas duas vezes, os dois escores seriam semelhantes? Fidedignidade que dizer que é mantida a consistência dos escores obtidos pela mesmas pessoas quando elas são examinadas com o mesmo teste em diferentes ocasiões ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes ou sob outras condições variáveis de exame”. Isso não deve, entretanto ser confundido com uma idéia de que não há mudança na pessoa que é avaliada ao contrário um escore pode-se modificar. Por exemplo, tomando a avaliação da inteligência, é necessário considerar os fatores emocionais que estão presentes nas produções intelectuais ou as condições sociais e econômicas (Sigal, 200). Se algum tipo de dificuldade emocional resultou em um escore baixo, é muito possível que noutro momento esse valor seja mais alto.
Quando os testes falham em apresentar as características examinadas, as críticas concentram–se em apontar que diferenças socioculturais, quando não levadas em consideração emitem resultados que pode prejudicar aquele que foi testado.
A crítica ao uso de testes e vista por Guntert (2000), por dois prismas. De um lado, há uma valorização exagerada do instrumental, atribuindo a ele expectativas de precisão e exatidão das medidas, poder de previsibilidade de diagnóstico diferencial estabelecidos sem dúvidas, o que estabelece um sentido de onipotência, de outro há uma rejeição porque o instrumento é visto como pouco confiável, precária, possibilitando uma generalização de traços, que podem a vir a discriminar determinadas populações; pois normas e padrões não são especifico da população testada, ou como afirma Bonelli (1993, p.71) a atitude vai da desvalorização a idealização dos testes o que dá entender um déficit de informações como preconceito e estereótipos.
Como se percebe a imersão de todos nós em um mundo de avaliação oportuniza e até impele que leigos e profissionais descutam os assim chamados testes. Tal discussão de forma alguma é fácil, Bolanos (2000) compreende que as técnicas projetivas, por causa do mau uso e abuso tenha sofrido descrédito, salienta, entretanto que se o profissional as usa com rigor cientifico e com adequação ao caso específico eles são capazes de revelar as imagens e fantasias inconscientes do sujeito. Gonzalez (1999), diz que os testes devem ser usados como ferramentas úteis para que o profissional se aproxime da problemática de quem busca seu auxílio em menor tempo do que o requerido por outros métodos.
Figueiredo (1999), afirma que o profissional deve ter tal conhecimento acerca do teste para poder atribuir um real significado dos resultados de modo a reconhecer as influências ao contexto do individuo. Meyertal (2001, p.53) diz que se deve considerar o contexto da história do cliente as informações sobre a demanda os comportamentos que podem avaliar ao responder as questões do encaminhamento e, então comunicar os achados ao cliente a seus familiares e quem os encaminhou.
Independentemente de todas críticas aos testes de fato cabe ao profissional examinar sua própria preparação para trabalhar com testes, pois como afirma Rosa (1997), é possível constatar má formação de profissionais. No entanto é importante observar o que diz França (1999), onde coloca que para o bom uso dos instrumentos de avaliação, além de sólida base teórica é preciso ter e manter uma atitude crítica, estar consciente das limitações dos testes e das entrevistas, das observações, estar consciente especialmente das limitações teóricas do profissional. É muito alerta, segundo Muller (1988), para seus próprios pontos críticos de modo a não projetar sobre o orientando o seu material.
No entanto gostaria de chamar a atenção aqui, quanto a identidade e papel do Orientador Educacional, no contexto educacional, nos dias atuais frente a uma realidade social em profundas e constantes mudanças, ou seja, um profissional da Educação, que deverá atuar numa perspectiva coletiva com os demais profissionais da escola e alunos, numa dimensão crítica, contextualizada, humana e essencialmente pedagógica;
Contextualizando os diversos fatores que influenciam a formação integral dos educandos, traduzindo numa ação competente e significativa para os objetivos propostos no projeto político pedagógico da escola. Levando em conta a pessoa do educando, associando-a aos aspectos econômicos culturais e espirituais, físicos, psíquicos e sociais, não de forma mecanicista e rotineira, e sim numa ação planejada, reflexiva, sistematizada e integrada à uma ação política, ideológica e ética, tendo como maior objetivo, à autonomia intelectual do educando, e que o mesmo se torne um “elemento” atuante e transformador dentro da organização social.
Vale enfatizar o que diz Vera Marica (1994), onde diz que a dimensão humana interacional revelá-se pela relação sócio-afetiva e cognitiva que o educador busca construir ente ele e o aluno e entre o aluno pela observação e busca da conhecimento da vida; do desenvolvimento e da aprendizagem do mesmo; pela preocupação em construir o grupo de educadores e educandos garantindo um trabalho e cooperativo na escola.
O orientador deverá estar atento ao movimento da escola, suscitando assim, uma reflexão sobre, seus problemas, suas contradições, como profissionais que nela atuam a percebem e como se posicionam quanto ao papel que exercem na formação do aluno, assim como o aluno percebe a escola e se posicionam quanto a sua própria formação.
Penso que neste momento tão importante da Orientação Educacional, onde a mesma vem ganhando “forma” e conquistando gradativamente o seu espaço, na história da Educação no Estado do Tocantins, nós Orientadores Educacionais devemos ter especial atenção a construção da identidade da Orientação Educacional, solidificando-a nos pilares fundamentais a um Ensino e Aprendizagem de qualidade, apontado pela UNESCO como os eixos estruturais da educação na sociedade contemporânea, sendo eles: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Viver e Aprender a Ser, devendo constituir em ações permanentes que visem a formação do educando como pessoa e como cidadão. Considerando como elemento central dessa formação a construção da cidadania em função dos processos sociais que se modificam. (...) Priorizando a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. (PCN)
Acredito que a equipe pedagógica da escola através da pessoa do Orientador educacional se tornou muito mais completa, portanto, com muito mais condições de desenvolver juntamente com a comunidade escolar um projeto político pedagógico coerente com a realidade da mesma, portanto significativo, e o que é mais importante, transformá-los em ações permanentes que assegure a formação do educando como pessoa e como cidadão de acordo com o que pede a constituição e a LDB. Portanto a escola deverá atuar no sentido de promover o envolvimento com o meio social, propiciando a integração necessária a construção de uma educação inclusiva, partindo do real, trabalhando na construção da identidade de seus alunos, identificando, analisando e avaliando o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas, tendo em vista a sua dinâmica existencial no mundo, situando com um ser que se transforma e que transforma. Enfatizando a importância da atuação do seu papel quanto cidadão dentro de um mundo em constante mudança, para que os nossos alunos venham a propiciar-se desses conhecimentos, aprimorando-se como pessoa, no mundo do trabalho e na prática social.
A nova sociedade, decorrente da revolução da tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresentam características possíveis de assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada. Isto ocorre na medida em que o desenvolvimento das competências cognitivas e culturais exigidas para o pleno desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se espera na esfera da produção. O novo paradigma emana da compreensão de que, cada vez mais, as competências desejáveis ao pleno desenvolvimento humano aproximam-se das necessárias a inserção no processo produtivo. (PCN)
Como se percebe o Orientador Educacional é um protagonista importantíssimo neste novo modelo de educação frente a uma nova sociedade, uma vez que o mesmo entende o individuo como a unidade básica da mudança, ou seja é o individuo que muda a si mesmo antes de mudar a sociedade, portanto a dinâmica da escola deverá traduzir a dinâmica de um grupo do profissionais integrados somando forças em prol de um só objetivo, com certeza o resultado será bem melhor, e estes resultados certamente refletirão na nossa sociedade; portanto em dias melhores.

Ismeni Lima de Moura
Orientadora Educacional


  

Ou isto ou aquilo.

Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles (1964)
Por Ismeni Lima de Moura

Certamente escolher é uma das ocupações a que mais o homem se dedica. Não há um dia sequer que não tenhamos que escolher ou abrir mão de algo, o que só dificulta o processo, uma vez que o medo estará presente em estarmos abrindo mão de uma opção que poderemos nos arrepender futuramente. No entanto está vivo implica está inserido em um processo de escolha permanente, e viver em tempos modernos certamente não é uma das tarefas mais fáceis. Uma das doenças modernas tem sido a ansiedade, muitas vezes oriunda da obrigação diária que temos de fazer escolhas, conseguimos ver todas as opções, mas é difícil saber qual a melhor. Neste sentido o Orientador Educacional tem muito a contribuir como catalisador e mobilizador de uma gama de informações essenciais no processo decisório do educando, para que o mesmo tenha condições de desenvolver melhor suas habilidades e competências na sociedade a qual está inserido, podendo transformar este processo decisório em um processo desafiador e até mesmo empolgante mediante a consolidação de um projeto de vida, que direcionará o nosso papel na sociedade implicando na contribuição social com o exercício de uma profissão.
Ao longo da história, o trabalho assumiu múltiplas formas. Um importante pensador sobre esse assunto foi Karl Marx. Para esse autor, o trabalho, fruto da relação do homem com a natureza, e do homem com o próprio homem, é o que nos distingue dos animais e move a História.
Mas diante deste mundo moderno, e do contexto social no qual muitos jovens se encontram em condições desfavoráveis, como saber qual a melhor profissão?
Segundo dados da Folha de São Paulo, apenas 42% dos estudantes brasileiros de ensino superior conseguem completar a faculdade. Segundo dados do Censo da Educação Superior 2003, há uma crescente defasagem entre o número de pessoas que entram nas universidades e as que terminam seu curso.
Ao comparar, a partir dos microdados do Censo do IBGE de 2000, a profissão de 3,5 milhões de trabalhadores formados em 21 áreas diferentes, os pesquisadores descobriram que a maioria deles, mais precisamente 53%, está hoje numa profissão distinta daquela para a qual se preparou. A situação varia conforme a carreira. Em enfermagem, o índice é de 84%. Em geografia, é de só de 1%.Fazendo a soma desses fatores, podemos inferir que somente ¼ das pessoas que escolhem uma profissão, irão realmente trabalhar naquilo que escolheram, outros ¾ vão escolher outros caminhos profissionais. Pesquisas revelam que um dos grandes fatores para esses dados, é a falta de uma adequada orientação profissional.
Como o Orientador Educacional pode contribuir de forma efetiva neste processo de decisão ? Quais são as metodologias mais viáveis a serem utilizadas pelo Orientador Educacional, no processo de Orientação Profissional? E o teste vocacional? Qual seu papel diante deste processo de escolha?
Como fica o teste diante da necessidade filosófica humana de fazer escolhas na vida? Seria ele um facilitador ou limitador deste processo decisório do ser humano?
A Orientação Profissional trabalhada de forma adequada proporciona um amadurecimento para uma boa e segura escolha profissional, neste sentido se torna indispensável, trabalhar com os alunos o autoconhecimento, envolvendo auto conceito, auto imagem e auto estima, proporcionar ao educando a percepção quanto suas influências familiares, os mitos herdados, as questões inconscientes que atuam no processo de escolha, como também se torna indispensável a informação profissional objetivando a ampliar o leque de opções , o conhecimento sobre as profissões e mundo do trabalho, relacionando com a realidade social de cada educando.
Acredita-se num trabalho de Orientação Profissional que possa subsidiar o educando para que ele próprio se torne apto para a escolha profissional bem como para outras escolhas que o mesmo deverá tomar ao longo de sua vida.
Neste contexto como fica a posição do Orientador Educacional frente à utilização dos testes vocacionais?
Sob esta premissa se encontra postado na pagina "FORMAÇÃO" um texto trazendo a seguinte abordagem: “Uma breve discussão sobre o uso de Testes/ Prós e Contras.”

Boa leitura, e um grande abraço.
Ismeni lima de Moura
Orientadora Educacional-Seduc/Sede



OS 10 MANDAMENTOS DO  VESTIBULANDO

1. Não escolherás uma profissão pensando apenas no mercado de trabalho e no retorno financeiro.
O candidato tem de buscar sempre saber o porquê de estar realizando o vestibular e, também, o motivo de estar escolhendo uma determinada carreira. O autoconhecimento é condição fundamental para uma decisão adequada. É preciso escolher algo de que se vá gostar.

2. Honrarás teus pais sendo feliz com tua escolha profissional.
O vestibulando deve dialogar com os pais para que eles compreendam e respeitem suas decisões.

3. Amarás o próximo como a ti mesmo mas, no dia do vestibular, competirás com ele.
Ninguém precisa rejeitar os amigos nem adotar um comportamento agressivo, mas é necessário ser competitivo no momento da prova para buscar o melhor desempenho possível.

4. Respeitarás teus hábitos de alimentação, sono, diversão e descanso.
A disciplina de estudos é importante, mas deve haver espaço para o lazer. O tempo de sono, por exemplo, deve ser preservado. O lazer diminui a possibilidade do estresse. Na alimentação, frutas, líquidos e alimentos leves são recomendados. Remédios contra a ansiedade e estimulantes não devem ser tomados por conta própria.

5. Buscarás o apoio incondicional dos teus familiares.
Um ambiente tranqüilo é o mais recomendável para o estudo. Todo o grupo familiar deve colaborar com o vestibular, mas sem cobrar dele o tempo de estudo, por exemplo, para não aumentar a ansiedade.

6. Não estudarás toda a matéria nos últimos dias antes da prova.
O conhecimento exigido no vestibular é construído ao longo do Ensino Médio. O melhor momento para aprender é a explicação em aula, para a qual o aluno deve prestar o máximo de atenção.

7. Vestibular é vida. Vida não é vestibular.
Respeitarás teu ritmo de estudo e teus limites. A idéia é descobrir o tempo ideal de estudo, em lugar de estudar horas a fio ou sacrificar o sono sem conseguir se concentrar. É importante também contextualizar as informações de cada matéria, procurando correspondência com as outras disciplinas.

8. Conhecerás antecipadamente o local da prova e não esquecerás os documentos no dia.
É importante visitar o local de prova para saber como é o trajeto e para conhecer os horários dos meios de transporte disponíveis. No dia da prova, evite correrias deslocando-se com antecedência para a prova.

9. Não farás das provas testes de rapidez e ocuparás todo o tempo disponível.
O recomendável é ler atentamente os enunciados das questões, para interpretá-las corretamente. Outra dica é garantir o máximo de acertos com as questões consideradas mais fáceis, enfrentando depois as mais complicadas.

10. Nunca desistirás de tua identidade profissional. Persistirás na busca da faculdade que desejas, mesmo se fores reprovado.
Se a convicção pela escolha profissional é firmada no autoconhecimento, o vestibulando deve perseguir sempre o seu objetivo, sem esmorecer com eventuais reprovações.

Publicado por Ismeni Lima de Moura

Enviado por: Diário Catarinense, 03/12/1999 http:/www.cfh.ufsc.Br/~liop/Dicas/10mandamentos.htm em 01/06/02



AVALIE SUAS CHANCES DE OBTER UM EMPREGO



Existem vários fatores que fazem uma pessoa ter maior ou menor facilidade para encontrar um bom emprego. VEJA pediu à psicóloga e administradora Nilce Filetti, presidente da Associação Paulista de Recursos humanos, Aparh, que elaborasse um teste para avaliar a empregabilidade de uma pessoa.
Analise o número de pontos que você tem em cada item e some tudo no final.

Formação Acadêmica
( ) 2º Grau 40 pts
( ) Faculdade 60 pts

Inglês
( ) Bom 15 pts
( ) Médio 8 pts
( ) Ruim Zero
Se você fala uma terceira língua, acrescente 20 pontos, se tem bom domínio dela, ou 10 pontos, um domínio regular

Sua habilidade para relacionar-se com outras pessoas no ambiente profissional é ...
( ) Grande 30 pts
( ) Média 15 pts
( ) Pouca Zero

Você tem uma rede de contatos com profissionais de sua área...
( ) Grande 30 pts
( ) Média 15 pts
( ) Pequena Zero

Conhecimento de Informática
Seu domínio no computador é
( ) Bom 15 pts
( ) Médio 8 pts
( ) Ruim Zero

Cursos complementares Você Fez
( ) Pós graduação 25 pts
( ) Mestrado 30 pts
( ) Doutorado 40 pts
( ) Especialização 20 pts

Sua disponibilidade de horários e mobilidade para viajar ou mudar de local de trabalho são
 ) Grande 30 pts
( ) Média 15 pts
( ) Pouca Zero

Sua imagem perante os colegas é:
( ) Bom 15 pts
( ) Médio 8 pts
( ) Ruim Zero

Seus conhecimentos técnicos dentro da profissão são...
( ) Bom 25 pts
( ) Médio 13 pts
( ) Ruim Zero


Você participa de congressos, palestras, cursos e outras atividades de aperfeiçoamento pessoal?
( )Com freqüência 30 pts
( ) Média 3 pts
( ) Raramente Zero


Resultado:
Até 120 pontos: Atenção! Sua situação é preocupante e requerer investimento nas áreas pessoal e profissional.
121 a 180 pontos: Alerta! Planeje se para aumentar suas disponibilidades a médio prazo. Não se acomode.
181 a 240 pontos: Muito bem! Você tem boas chances de colocar-se no mercado de trabalho.
Mais de 241 pontos: Parabéns! Você está entre os profissionais mais cobiçados do mercado

Publicado por Ismeni  Lima de  Moura







TÉCNICA E  JOGOS  GRUPAIS PARA  UTILIZAÇÃO EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL


Extraído do livro Orientação Vocacional Ocupacional
Autores:Rosane Schotgues Levenfus
Dulce Helena Penna Soares
Editora: Artmed


DULCE HELENA

A utilização de técnicas ou jogos em grupos de Orientação Profissional tem sido cada vez mais efetivada por orientadores profissionais na mais diversas situações. Sua utilização tem atingido cada vez maior alcance entre os profissionais por visar com bastantes eficiências, aos objetivos gerais da Orientação Profissional: auxiliar o jovem a compreender-se a si mesmo e ao mundo do trabalho para poder escolher um futuro profissional com maior autonomia. A seguir, apresentaremos algumas técnicas desenvolvidas no LIOP.
LIOP => Laboratório de Informação e Orientação Profissional; que funciona junto ao SAPST- Serviço de Atendimento Psicológico do Departamento de Psicologia da UFSC.www.liop.ufsc.br

TÉCNICA: INTERESSES EM COMUM

Geralmente, o primeiro encontro do grupo é um momento difícil de iniciar. É preciso criar uma situação que desiniba o grupo e faça todos se sentirem mais à vontade para falar de si mesmos e oportunizar uma primeira integração.

Objetivo
Propiciar aos membros do grupo se conhecerem melhor, apresentando-se, a partir de um interesse comum.

Material
Confeccionar cartões com figuras coladas; escolher figuras em que os temas se repitam, mas as figuras sejam diferentes, por exemplo: dinheiro – cartão de crédito, família – casal com filho, natureza praia – natureza serra, duas palavras independência, duas figuras de namorados, etc. Uma ou várias caixas de massa de modelar e um CD de música no estilo new age para fundo.

Consigna 
Com a música de fundo, pede-se para os jovens caminharem pela sala olhando uns para os outros com o objetivo de se conhecerem pelo olhar. Logo, após, coloca-se gravuras espalhadas no chão e solicita-se que escolham uma, a que mais chama sua atenção. Cada figura tem uma correspondente; pede-se, então para se unirem à pessoa com a figura correspondente a sua e, partindo dessa figura conversarem em duplas para se conhecerem melhor. Quinze minutos depois, pede-se para cada um representar a pessoa com quem conversou através de massa de modelar, mostrando aquilo que pôde observar como característica pessoal do colega. Logo depois, solicita-se que cada um apresente a sua massa de modelar e conte ao grupo por que resolveu fazer de determinada maneira e como é esse colega. Após cada apresentação, a pessoa representada comenta como se sentiu e se concorda ou não com o que foi comentado a seu respeito.

Comentários 
Esta técnica permite ao grupo integrar-se com rapidez e de forma lúdica. A seguir, exemplos de um grupo: um jovem confeccionou um avião comentando o seguinte: “Maria é muito viajona”, outro fez fez um celular, comentando, “ Débora é muito comunicativa”. Ana Beatriz desenhou uma balança com dois pesos comentando, “ Mariana representa ousadia e coragem”, Maria Luiza fez uma luva de boxe, comentando “Achei o Antônio muito batalhador”. Natanael representou a colega como uma bola de neve, comentando “Onde ela passa leva todo mundo”...

APRESENTAÇÃO POR IDENTIFICAÇÕES ENTRE OS MEMBROS DO GRUPO

 
Em grupos de Orientação Profissional observamos a importância dos participantes se identificarem entre si, principalmente em um primeiro encontro, uma vez que o conjunto das relações intragrupais se estabelecem a partir de identificações entre os seus membros. As pessoas se agrupam entre si por diferentes critérios, por exemplo, podemos sair para passear com determinadas pessoas, mas talvez não gostemos de trabalhar com elas.

Objetivos 
Reconhecer alguns pontos de identificação entre os membros do grupo.
Fixar os nomes dos participantes do grupo.
Tornar os membros do grupo conhecidos a partir de seus gostos e interesses.
Fazer com que os participantes se conheçam de forma dinâmica.

Consigna 
Todos de pé, com uma música de fundo animada, devem começar a andar pela sala, alongando-se e mexendo o corpo. Ao sinal da coordenadora, os participantes devem agrupar-se e, posteriormente, dizer seu nome. A coordenadora dará vários comandos do tipo: quem é maior de 18 anos e quem é menor, quem está no ensino médio e quem já terminou, quem já sabe o que vai fazer no vestibular e quem não sabe, etc. A partir do conhecimento prévio dos participantes do grupo, pode-se criar comandos diferentes. Uma vez formados os subgrupos, todos devem dizer seus nomes e fazer comentários a respeito dos motivos que os levaram a formarem um agrupamento. Dessa forma, os participantes do grupo gravam o nome uns dos outros e se conhecem a partir do que têm ou não em comum.

Comentários 
Os participantes se divertem muito com esta técnica. Comentam que, ao chegarem ao grupo, sentiam-se tímidos, sem conhecer os outros participantes e que agora já se conhecem melhor. Por tratar-se de grupos de Orientação Profissional , é importante colocar questões referentes aos estudos, matérias de que mais/menos gostam, cursos que pretendem seguir, coisas que gostam ou não de fazer, pois, dessa forma, já se está estimulando-os a pensarem sobre essas questões.

TÉCNICA: “TEIA GRUPAL” ASSOCIADA AO “NOME DE ÍNDIO”

O momento de apresentação do grupo pode ser uma oportunidade para trabalhar-se dois temas importantes: o contrato de trabalho e um nome que seja indicativo de sua personalidade.
Material 
Um novelo de lã ou um cordão que permita ser jogado e se desenrole com facilidade.

Objetivos 
Oportunizar um primeiro momento de reflexão sobre a escolha, como fazemos nossas escolhas no dia-a-dia.
Oportunizar o estabelecimento do contrato grupal de forma lúdica e “concreta”.

Consigna 
O grupo se dispõe em círculo, todos sentados no chão. É jogado um novelo de lã ou um rolo de cordão pela coordenadora a um dos participantes do grupo. Este deve amarrar a corda no seu dedo, apresentar-se com o seu primeiro nome e jogar o novelo para outro participante, e assim sucessivamente, até todos terem –se apresentado. Ao final, solicita-se que observem o desenho criado (muitas vezes o desenho formado parece uma estrela) e que dêem um significado para ele; aproveita-se este momento para fazer o contrato do grupo.
Quando todos tiverem se apresentado, solicita-se que pensem e escolham para si um nome de índio (Soares Lucchiari, 1993a, p. 43), representando algo de si, como algum elemento da natureza que tenha a ver consigo ou que contenha uma característica de sua personalidade. Cada um apresenta o seu nome e vai desfazendo a teia sucessivamente.

Comentários
Ao ser questionado o que acontece se alguém soltar o cordão, o grupo geralmente responde que o mesmo se desmancha, fica faltando algo. Aproveita-se este momento para definir o que se espera do grupo (o contrato) em termos de sigilo, participação, assiduidade e cumplicidade da teia, para que o grupo alcance os objetivos desejados por todos.

TÉCNICA: VIAGEM INTERPLANETÁRIA

Esta técnica foi inspirada na leitura do livro Escolha de carreira e globalização de Whitaker (1997). A vivência de uma situação no futuro profissional proporciona maior facilidade para lidar com as incertezas futuras e promover um debate acerca das dificuldades que essas incertezas acarretam.

Objetivo
Propiciar um momento de reflexão, através do uso da imaginação, solicitando que o jovem projete-se no futuro social e profissional.
Consigna
Solicita-se aos jovens para que cada um se acomode nas almofadas, deitados de forma relaxada para fazer uma “viagem”. Coloca-se uma música de fundo, sugere-se o estilo new age. Inicia-se a viagem:
Imaginem que o planeta Terra vai acabar, tudo será destruído. Algumas pessoas terão a oportunidade de ir para outro planeta em uma nave espacial. Vocês são algumas dessas pessoas. Há três planetas que iremos visitar e, ao final dessas visitas, vocês poderão optar por um dos planetas para ficar ao final morando, pois o nosso planeta não existirá mais. Vamos entrar na nave e começar a viagem. Estamos chegando no ...

Planeta 1

- Um mundo marcado pela ciência aplicada à tecnologia;
- Todos os problemas da sociedade estão resolvidos;
- Não há forme – os recursos genéticos são aplicados na agricultura;
- Mais horas de lazer – mais tempo com a família;
- Não há desperdício;
- Casas funcionais – tudo robotizado;
- Visitas interativas no mundo inteiro – as pessoas não precisarão se locomover para visitar outros lugares;
- Escolas virtuais – aprendizagem autônoma;
- Trabalhos manuais serão apenas hobbies ou atividade folclórica – cultura ao alcance de todos.

Agora vamos para ...

Planeta 2

- Fim dos recursos naturais – água, solo, minérios, combustíveis;
- Uso maciço da energia nuclear – lixo nuclear, esgoto, gases, poluição;
- Multidões famintas;
- Chuvas ácidas, contaminação das águas;
- Privilegiados moram em uma redoma, como uma bolha de ar, rodeada por muros, guardas, sem acesso da grande massa;
- Há barracos em cima dos lixões, edifícios superlotados;
- TV 24 horas tem sua programação para reduzir agressividade e a fúria das pessoas;
- Escolas como foco de delinqüência;
- Não há mais empregos – trabalho autônomo;
- Partidos neonazistas estarão em alta.

Estamos chegando agora no ...

Planeta 3

- Produção de riquezas para o bem-estar da humanidade;
- A ciência desiste de dominar a natureza;
- Biosfera reconstruída, recuperada o equilíbrio do meio ambiente;
- Base na ecologia;
- Tecnologia usada sem impacto ambiental;
- Produção de alimentos saudáveis;
- Artes, cultura e folclore incentivados – em alta e para todos;
- Industrialização somente contribuindo para a saúde, educação e bem-estar;
- Desaparecimento da poluição e das doenças;
- Ciências em função do desenvolvimento social;
- Ênfase nas práticas desportivas;
- Importância para a 3ª idade;
- Sistema educacional para todos.

Chegou o momento de decidir. Quem quiser ficar no Planeta 1, pode descer agora. Estamos passando agora pelo Planeta 2; quem optou por este planeta, deve descer da nave agora. Por fim, estamos passando pelo Planeta 3; quem quiser ficar nele deve descer agora.

Todos já optaram por um dos planetas. Observem como é este planeta.
- Onde vocês estão? Onde moram? Como é o lugar?
- O que estão fazendo? Em que trabalham?
- Como é o dia-a-dia de trabalho?
- E o lugar? Em qual ambiente vocês estão trabalhando?
- Qual a contribuição deste trabalho para este planeta? E para as pessoas que nele vivem?

Comentários
A seguir, alguns comentários de um grupo realizado no LIOP:
André ficou no Planeta 3, mas depois se arrependeu, queira ter ficado no Planeta 1. Sandra ficou no Planeta 2, nos outros não poderia ajudar em muita coisa. O Planeta 3 é muito estável, equilibrado, não há o que fazer. Samuel escolheu o Planeta 2, faria um trabalho de conscientizar as pessoas de dentro da redoma para ajudar as pessoas lá fora. Acha que é possível mudar. Jacques não queria ficar no Planeta 2, pois não queria ser só, mais um tentando mudar uma coisa que não dá para mudar. Adriana, no Planeta3, primeiro imaginou-se plantando uma árvore, depois cuidando dos velhinhos do planeta e depois montando um spa. Mas depois pensou bem e chegou à conclusão de que isso seria inútil, pois todos já são felizes mesmo sem isso. Por esse motivo, queria ter ficado no Planeta 1 e implantar lá tudo o que pensou para o Planeta 3.

Quando questionados em relação ao trabalho, eles responderam:

Samuel iria trabalhar com o que está errado e manter o que está certo. Adriana acha que tem espírito empreendedor, pois pensou em abrir uma spa, em construir, mas daí pensou que para isso teria que devastar muito, o que achava que não seria possível no Planeta 3. Sandra acha que todos adaptaram suas profissões durante a viagem com algo que já queriam na realidade.  
Os participantes geralmente dão um feedback positivo acerca da técnica, dizendo que gostaram muito de participar da atividade. Percebe-se que muitos optam por ficar no Planeta 3, principalmente pelo contato com a natureza. O Planeta 2 desperta geralmente interesse naquelas pessoas que têm o intuito de seguir alguma profissão ligada à área assistencial, nos jovens que têm desejo de ajudar ao próximo e de construir para mudar o mundo. Ao contrário dos comentários feitos pela autora no workshop, acerca do Planeta 1, foi demonstrado pouco interesse pelo mesmo, somente as pessoas que desejam seguir uma área tecnológica e que acreditam que a tecnologia é a salvação para os problemas da Terra o escolheram. Os demais o consideram muito monótono, sem ter muito que fazer.

TÉCNICA: GINCANA DAS PROFISSÕES

Esta técnica proporciona, de uma maneira ativa, um maior conhecimento das diversas profissões existentes hoje no mercado, esclarecendo dúvidas e descobrindo novas possibilidades de atuação além das mais tradicionais.

Objetivos
Levar o jovem a conhecer um maior número de profissões, o que é, e o que fazem os diferentes profissionais.
Informar sobre as profissões de maneira dinâmica e criativa.
Despertar o jovem para buscar mais informações sobre as profissões, a partir da constatação da grande quantidade de profissões existentes e que ele não conhece.

Consigna
Dividem-se os participantes em dois grupos. Cada grupo receberá uma determinada série de cartões que devera ler, um de cada vez, para o outro grupo adivinhar qual é a profissão que está sendo descrito. O próprio grupo estabelece as regras, tais como: quantas chances cada um tem para responder, o tempo para responder. Caso contrário, perde a chance. Em um segundo momento, nos últimos 15 minutos da atividade, as regras podem ser mudadas: a coordenadora lê o cartão e a equipe que responder primeiro (sem tempo predeterminado, porém com uma só chance para acertar), ganhar o ponto. Tal modificação tem o intuito de tornar o jogo mais dinâmico e abordar um maior número de profissões.

Comentários
Um dos grupos, por exemplo, estabeleceu a seguinte regra: uma equipe deveria ler um cartão para a outra, e esta teria duas chances em um minuto para acertar qual profissão estava sendo descrita. Caso acertasse, ganharia um ponto, caso contrário, a outra equipe é que ganharia o ponto.
Geralmente é possível serem abordadas durante um encontro até umas 50 profissões. Muitas vezes, os participantes pedem para serem discutidos mais profundamente alguns aspectos das profissões de seu interesse ou que ficaram em dúvida. É importante o coordenador ter em mãos livros e revistas de informação profissional como: “dicionários das profissões”, “guias do estudante” publicados em diversos anos e os livretos sobre os cursos oferecidos pelas universidades da região onde está sendo realizado o grupo, para serem resolvidas eventuais dúvidas ou curiosidades. Os vencedores desta atividade, isto é, a equipe com maior número de acertos, pode ganhar um prêmio, uma caixa de bombons, por exemplo. É interessante, no encontro seguinte, realizar-se uma visita aos diferentes cursos universitários, a locais de trabalho de interesse do jovem, ou ainda trazer profissionais para falarem de sua experiência na escolha de sua profissão.

TÉCNICA PARA TRABALHAR A PERCEPÇÃO DA SATISFAÇÃO NO TRABALHO (PROFISSIONAL FELIZ OU INFELIZ)

Breve Histórico

Esta foi utilizada pela primeira vez em um trabalho de Orientação Profissional junto a uma turma de 8ª série. Sua característica principal é que ela pode ser aplicada junto a uma turma de alunos, desde as séries finais do ensino fundamental. A maneira e a profundidade da apresentação e a elaboração dependerão do tamanho da turma e de seu nível de amadurecimento. Costuma-se aplica-la no primeiro encontro com uma turma de alunos, a fim de sensibilizar para o trabalho de Orientação Profissional, destacando-se a importância de escolher uma profissão de que a pessoa goste para poder sentir satisfação no desempenho de seu trabalho.

Material 
Folha de papel sulfite A4, revistas, jornais, tesoura e cola.


Objetivos

Sensibilizar para o trabalho de Orientação Profissional de maneira descontraída e lúdica.
Facilitar e dinamizar processos de associação e expressão de elementos considerados importantes para o jovem, no que diz respeito a como ele percebe a satisfação no trabalho e sua importância para a realização pessoal e profissional.
Auxiliar o jovem expressar idéias pré-conscientes que seria incapaz de verbalizar sem a ajuda do material expressivo.
As diferentes consignas
Solicita-se que os participantes escolham uma fotografia ou fragmentos de diferentes fotos recortadas respondendo ao tema proposto. Para cada situação pode propor-se uma questão específica.
Para alunos de ensino fundamental, utiliza-se uma consigna bem simples: “Escolha um figura de um profissional que está “feliz” no seu trabalho e escreva embaixo “por que” você acha que ele está feliz. Do outro lado da folha, cole a figura de um profissional “infeliz” no seu trabalho e escreva “por que”.
Para alunos de ensino médio, pode-se solicitar: “Escolha a figura de um profissional ‘satisfeito’ no seu trabalho e do outro lado da folha de um profissional ‘insatisfeito’. Explique o porquê e responda: Para você, o que é importante para trazer ‘satisfação no trabalho’?”
Para adultos em processo de reescolha da carreira: no processo de reorientação é importante levar em consideração a trajetória profissional já percorrida pelo sujeito e seus sentimentos de satisfação e insatisfação nos diferentes momentos de sua vida profissional. Esta técnica permite uma reflexão destes momentos e posterior elaboração quando da apresentação e justificativa das figuras escolhidas. Em situações específicas, pode-se solicitar: “represente um bancário trabalhando ‘feliz’ e um bancário trabalhando ‘infeliz’”, ou “Represente um professor (ou médico) satisfeito no seu trabalho e outro insatisfeito”.

Comentários
Geralmente são produções individuais que permitem, através da escolha de imagens, a tomada de consciência de aspectos pessoais em relação às diferentes profissões. Muitos aspectos preconceituosos aparecem e devem ser discutidos no grupo. Também observamos uma ênfase em profissões da moda. Para as meninas, as profissionais felizes são geralmente atrizes, apresentadoras de TV e manequins, enquanto os meninos colocam em seus quartos fotos de jogadores de vôlei, tênis ou futebol. Os profissionais infelizes muitas vezes são trabalhadores rurais, “os sem-terra”, ou pessoas que trabalham “no pesado”.
No caso da reorientação, como são pessoas que já passaram pela experiência do trabalho, sua percepção estará mais voltada para a realidade do mundo do trabalho. O que não acontece com os jovens, que expressam principalmente idéias estereotipadas, fantasiosas e idealizadas quanto à possibilidade de se ser feliz no trabalho (Soares, 1987).
Por exemplo, em um grupo de jovens de 8º série, um jovem escolheu a propaganda de um trator, com um operário “infeliz” trabalhando, enquanto um outro jovem escolheu um profissional “feliz”, pois ele estava ali “só fazendo propaganda”, ele não precisa trabalhar como o outro operário.
Após a confecção do cartaz, que leva aproximadamente 20 minutos, passa-se ao momento de apresentação. Pode-se realizar a apresentação de várias maneiras:

- Divide-se a sala em pequenos grupos e cada participante apresenta sua colagem e suas justificativas aos demais colegas;
- Cada participante cola seu cartaz na parede e escuta o comentário dos colegas e, ao final, ele explica o porquê das figuras escolhidas;
- Cada participante apresenta o seu cartaz antes de ouvir a opinião do grupo.

É importante que o coordenador faça, no final, uma pequena exposição do significado do trabalho (Albornoz, 1986), e a importância de ele ser realizado por uma pessoa que goste, isto é, a importância de escolher uma atividade de que se goste para pode sentir-se feliz no seu desempenho.

STOP DAS PROFISSÕES

Breve Histórico
Esta técnica foi criada durante uma aula de filosofia (onde a autora realizava seu estágio em psicologia escolar – trabalhando com orientação e informação profissional) para a turma do 1º ano de ensino médio. Um dos alunos sugeriu: “Vamos fazer o jogo stop das profissões!” e, juntos, fomos pensando de que maneira funcionaria esse jogo freqüentemente por adolescentes. Nesse jogo, são formadas equipes que competem entre si; porém, pode ser jogado individualmente. Deve-se preencher o mais rápido possível as colunas determinadas pelos jogadores com palavras que comecem com a letra que foi sorteada anteriormente. Por exemplo: Sorteou-se a letra B, as colunas são formadas pelos seguintes itens: nome de cidade, fruta, carro, novela, filme... Ganha aquele que preencher mais rapidamente essas colunas, com palavras que comecem com a letra B (por exemplo, Belo horizonte, banana, Belina...) Aquele que preenche-las mais rápido, deve falar stop! E, se estiver tudo correto, recebe um ponto.

Objetivos
Fornecer informação profissional de maneira lúdica.
Colocar o jovem em contato com um grande número de profissões, levando-o a se interessar em conhecê-las mais e, assim, a procurarem mais informações.

Consigna
Inicialmente é importante o orientador fazer uma exposição sobre as diferentes áreas do conhecimento profissional, sobre como o mundo das profissões é organizado. Como o objetivo principal é a informação profissional, as seguintes categorias de profissões poderão compor as colunas a serem preenchidas no jogo “Stop das Profissões”.
A turma pode ser dividida em grupos, e escreve-se no quadro-negro as três colunas escolhidas. Cada grupo deve ter a sua folha, com as colunas. O sorteio das letras dá-se da seguinte maneira: cada integrante do grupo diz um número; estes são somados, resultando na letra da rodada, por exemplo: 7+5+3=15 que corresponde a letra P. Os grupos devem preencher as colunas com profissões que comecem com a letra P. Quem acabar primeiro, fala stop! Após esse momento, nenhum grupo pode continuar a escrever. Todos os grupos falam como preencheram as colunas, e o orientador, ao escrever no quadro, aproveita a oportunidade para corrigir o que estiver errado e esclarecer sobre aquelas profissões que podem estar em mais categoria. Ganha no final aquele grupo que tiver o maior número de pontos somados (acertos).

Comentários
No decorrer do jogo, o orientador profissional pode, junto com os alunos, refletir acerca das profissões que surgem, se todos as conhecem, questionando sobre as áreas de atividade, os locais de trabalho, se pertencem a uma só categoria, salientando que esta divisão (exatas, humanas e biológicas) não é algo rígido; uma mesma profissão pode pertencer a diferentes áreas. Observa-se, muitas vezes, uma falta de informação muito grande por parte dos alunos, classificando erroneamente muitas das profissões listadas.
Outras consignas podem ser dadas, como, por exemplo, listar as profissões que existem no ar, na terra e na água; ou as trabalha em ambiente fechado ou aberto... Pode-se, assim, trabalhar os estereótipos com relação às profissões.

ANÁLISE DE INRTERESSES E PONTECIALIDADES

Os interesses devem ser pensados dinamicamente, pois mudam com o tempo. Fazendo-se um cruzamento entre os interesses atuais/futuros com as competências desenvolvidas/a desenvolver, pode-se visualizar os pontos de congruência permanentes e aqueles que terão caráter passageiro dentro de nossos projetos de vida profissionais.
É importante considerar tudo aquilo que é relativamente constante na vida da pessoa, o que muda muito pouco, e como a pessoa pode fazer esses interesses e essas satisfações permanentes no seu trabalho e quais cursos podem ser mais adequados para esses interesses que se repetem ao longo da sua vida.
È também importante lembrar que as pessoas possuem interesses amplos, podendo interessar-se por mais de uma área, deve-se então analisar as profissões que possam estar relacionadas aos principais interesses atuais e futuros.
Objetivo
Levar o indivíduo a conhecer melhor a partir do levantamento de seus interesses atuais/futuros e de suas aptidões (competências), procurando analisar as profissões que possam estar relacionadas aos principais interesses.

Consigna
A) Escreva no papel seus principais interesses atuais.
O que você gosta de fazer, não só com relação aos estudos, mas também em outras atividades, no lazer, os tipos de livros, tudo aquilo pelo qual se interessa minimamente.
B) Agora, pense em você daqui a sete ou oito anos. Quais seriam seus principais interesses? O que você espera ter, ou como vai estar nessa época? O que vai mudar? Coloque esses interesses futuros no papel.
Certamente muita coisa irá mudar. Não tenha medo de deixar de lado certas coisas que você faz hoje e de assumir outras. Isso é fundamental.
C) Agora, escreva na folha aquilo em que você é competente (efetiva ou potencialmente).
Tente pensar nas coisas que você faz ou que poderá fazer bem na vida, aquelas coisas em que você é ou que poderá ser competente, no que você tem ou que poderá ter melhor desempenho, mas de forma dinâmica, pensando no desenvolvimento do seu potencial. Mas evite a comparação com os outros. Tente levantar tudo aquilo que você lembra. Não se intimide, nem seja modesto.
Comentários
Do levantamento de interesses, aptidões, competências e pontecialidades, surgirão algumas áreas como destaque. Ao se imaginar, por exemplo, as profissões de médico ou engenheiro, pode-se perceber que são vidas diferentes e, portanto, são projetos diferentes, e implicam, também, em interesses e pontecialidades diferentes. Observa-se que, ao listarem suas competências, os participantes percebem que se sentem competentes em muito mais coisas do que eles estariam imaginando antes de iniciarem o exercício.

Publicado Por Ismeni Lima de Moura

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